ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM JUNTO AO CLIENTE PORTADOR DE MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA: UM ESTUDO DE CASO

• Main Authors: Newton Sirigni Moreira, Gisele Nunes de Almeida, Joana Guedon de Oliveira
• Format: Article
• Language: English
• Published: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 2010-11-01
• Series: Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online
• Subjects: Processos de Enfermagem; Assistência ao paciente; Cardiomiopatia Chagásica/terapia.
• Online Access: http://200.156.24.158/cuidadofundamental/article/view/888
• ISSN: 1809-6107; 2175-5361

INTRODUÇÃO:                                                                            A miocardiopatia chagásica é provocada pelo agente etiológico, o Trypanossoma cruzi, cujo principal fato clínico desta doença é a diminuição da massa muscular que é destruída devido à substituição por áreas de fibrose interrompendo fibras e fascículas. Também é caracterizada pela dilatação e tortuosidade dos vasos intramiocárdicos, áreas de adelgaçamento da parede ventricular, especialmente da ponta do ventrículo esquerdo, dilatação global das cavidades cardíacas, tendo nos casos mais avançados, trombose intracavitária. OBJETIVO:                                                                                 O presente estudo teve como objetivos: 1-Implementar o processo de enfermagem com vistas ao atendimento das necessidades básicas do cliente portador de Miocardiopatica Chagásica; 2-Compreender o cuidado de enfermagem implementado junto ao cliente portador de Miocardiopatia Chagásica como elemento fundamental no processo ensino-aprendizagem do graduando e; 3- Compreender os aspectos éticos-deontológicos inerentes à formação do graduando durante a implementação dos cuidados ao cliente portador de miocardiopatia Chagásica. METODOLOGIA:                                                                     Tratou-se de uma Pesquisa de natureza qualitativa de caráter descritivo do tipo estudo de caso, tendo como fonte de coleta de dados a análise de prontuário, entrevistas e o exame físico do cliente. Durante todo este processo foi realizado um registro diário do comportamento verbal e não verbal do clinte frente ao Processo de Enfermagem implementado. O cenário de estudo foi um hospital pertencente ao Ministério da Saúde, especializado em Cardiologia, do Município do Rio de Janeiro. O plano assistencial foi elaborado a partir da teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHBs).                                         RESULTADOS:                                                                  Neste estudo foram implementadas todas as fases que compreendem o processo de Enfermagem ao paciente portador de Miocardiopatia Chagásica, sendo estas: o histórico, o diagnóstico, o plano assistencial, prescrição, evolução e prognóstico. A identificação dos principais diagnósticos de Enfermagem para este paciente foi estabelecida por uma ordem de prioridade de assistência as necessidades do paciente e sua hierarquização a partir da seguinte ordem: Anemia; Débito cardíaco diminuído; Comprometimento da função renal; Hiperglicemia; Hematoma abdominal; Ansiedade. Para a elaboração do plano assistencial foram identificadas as seguintes necessidades humanas básicas psicobiológicas e psicossociais: oxigenação, nutrição, regulação vascular; regulação eletrolítica, hidratação, segurança, educação a saúde e sono. Foram determinadas as ações de Enfermagem para sanar as necessidades humanas básicas do cliente, sendo estas relatadas diariamente na evolução de Enfermagem, avaliando a resposta do paciente frente a assistência implementada. O prognóstico para este cliente foi considerado favorável a partir do momento em que sua cirurgia de transplante de coração for realizada, tendo em vista que este é, no momento presente, o tratamento recomendado.                                      CONCLUSÕES:                                                                    Face aos resultados evidenciados no estudo, nota-se que é de fundamental importância o conhecimento, pela equipe, da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), sendo favorável ao prognóstico do paciente. Percebemos, na prática, que a melhor assistência é a individualizada e humanizada, assistindo o cliente como um ser único, respeitando as suas necessidades biológicas e psicossociais e proporcionando, assim, uma qualidade de vida melhor.