Treinamento muscular respiratório na revascularização do miocárdio Respiratory muscle training in patients submitted to coronary arterial bypass graft
OBJETIVOS: 1) Evidenciar a perda de capacidade ventilatória no período de pós-operatório, em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio. 2) Testar a hipótese de que o treinamento muscular respiratório (TMR), realizado após a cirurgia, pode melhorar a capacidade ventilatória nessa população...
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Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
2010-12-01
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doaj-0cf901029e294fd49ce630b5cc61156e2020-11-24T23:13:26ZengSociedade Brasileira de Cirurgia CardiovascularBrazilian Journal of Cardiovascular Surgery0102-76381678-97412010-12-0125448349010.1590/S0102-76382010000400011Treinamento muscular respiratório na revascularização do miocárdio Respiratory muscle training in patients submitted to coronary arterial bypass graftGraziella Ferreira BarrosCláudia da Silva SantosFernanda Boromello GranadoPatrícia Tatiane CostaRenán Prado LímacoGiulliano GardenghiOBJETIVOS: 1) Evidenciar a perda de capacidade ventilatória no período de pós-operatório, em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio. 2) Testar a hipótese de que o treinamento muscular respiratório (TMR), realizado após a cirurgia, pode melhorar a capacidade ventilatória nessa população. MÉTODOS: Estudo randomizado, onde 38 pacientes (idade: 65 ± 7 anos, 29 masculinos), submetidos à revascularização miocárdica com circulação extracorpórea, foram divididos em dois grupos: 23 pacientes no grupo TMR e 15 no grupo controle (CO). O grupo TMR realizou fisioterapia convencional + TMR, o grupo CO realizou apenas fisioterapia convencional. Avaliaram-se, em três momentos (pré-operatório, primeiro dia de pós-operatório e alta hospitalar), as variáveis: pressões inspiratória e expiratória máximas (Pimáx e Pemáx), dor, dispneia (Borg), pico de fluxo expiratório (PFE), volume corrente e dias de internação. RESULTADOS: A Pimáx do grupo TMR foi maior no momento da alta (90 ± 26 vs. 55 ± 38 cmH2O, P=0,01), assim como a Pemáx (99 ± 30 vs. 53 ± 26 cmH2O, P=0,02). O PFE do grupo TMR foi maior após a internação (237 ± 93 vs. 157 ± 102 lpm, P=0,02). O volume corrente dos grupos foi também diferente no momento da alta (TMR: 0,71 ± 0,21 vs. CO: 0,44 ± 0,12 litros, P=0,00). Não houve diferenças entre os grupos com relação aos dias de internação, dispneia ou dor. CONCLUSÕES: Ocorre perda de força muscular respiratória em pacientes submetidos à revascularização miocárdica. O TMR, realizado no período pós-operatório, foi eficaz em restaurar os seguintes parâmetros: Pimáx, Pemáx, PFE e volume corrente, nessa população.<br>OBJECTIVES: 1) To demonstrate the impaired ventilatory capacity during the post operatory period, in patients submitted to coronary arterial bypass graft surgery (CABG). 2) To test the hypothesis that the respiratory muscle training (RMT), performed after the surgery, may increase the ventilatory capacity in this population. METHODS: Thirty-eight patients (age: 65±7 years, 29 male), whose underwent CABG with extra-corporeal circulation. Patients were randomized in two groups: 23 patients in the RMT group and 15 in the control group (CO). RMT group received conventional physiotherapy plus RMT. The CO group received the conventional physiotherapy. Evaluated parameters: maximum inspiratory and expiratory pressures (MIP) (MEP), dyspnea (Borg), peak expiratory flow (PEF), pain, tidal volume and hospitalization days. Measures were performed at pre, first post operatory day and also at the patients discharge from the hospital). RESULTS: MIP and MEP in the RMT group were higher when compared with CO at the patients discharge (MIP: 90±26 vs. 55±38 cmH2O, P=0.01) (MEP: 99±30 vs. 53±26 cmH2O, P=0.02). The PEF was higher after hospitalization in the RMT group (237±93 vs. 157±102 lpm, P=0.02). Tidal volume was also higher in the RMT group at discharge (0.71±0.21 vs. 0.44±0.12 liters, P=0,00). No differences were observed among the groups in the aspects: admission days, dyspnea and pain. CONCLUSIONS: Patients submitted to CABG presents an impaired respiratory muscle strength in their post operatory. RMT performed in this phase was effective to restore the ventilatory capacity in the following parameters: MIP, MEP, PEF and tidal volume, in this group of patients.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382010000400011Revascularização miocárdicaExercícios respiratóriosResultado de tratamentoMyocardial revascularizationBreathing exercisesTreatment outcome |
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OBJETIVOS: 1) Evidenciar a perda de capacidade ventilatória no período de pós-operatório, em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio. 2) Testar a hipótese de que o treinamento muscular respiratório (TMR), realizado após a cirurgia, pode melhorar a capacidade ventilatória nessa população. MÉTODOS: Estudo randomizado, onde 38 pacientes (idade: 65 ± 7 anos, 29 masculinos), submetidos à revascularização miocárdica com circulação extracorpórea, foram divididos em dois grupos: 23 pacientes no grupo TMR e 15 no grupo controle (CO). O grupo TMR realizou fisioterapia convencional + TMR, o grupo CO realizou apenas fisioterapia convencional. Avaliaram-se, em três momentos (pré-operatório, primeiro dia de pós-operatório e alta hospitalar), as variáveis: pressões inspiratória e expiratória máximas (Pimáx e Pemáx), dor, dispneia (Borg), pico de fluxo expiratório (PFE), volume corrente e dias de internação. RESULTADOS: A Pimáx do grupo TMR foi maior no momento da alta (90 ± 26 vs. 55 ± 38 cmH2O, P=0,01), assim como a Pemáx (99 ± 30 vs. 53 ± 26 cmH2O, P=0,02). O PFE do grupo TMR foi maior após a internação (237 ± 93 vs. 157 ± 102 lpm, P=0,02). O volume corrente dos grupos foi também diferente no momento da alta (TMR: 0,71 ± 0,21 vs. CO: 0,44 ± 0,12 litros, P=0,00). Não houve diferenças entre os grupos com relação aos dias de internação, dispneia ou dor. CONCLUSÕES: Ocorre perda de força muscular respiratória em pacientes submetidos à revascularização miocárdica. O TMR, realizado no período pós-operatório, foi eficaz em restaurar os seguintes parâmetros: Pimáx, Pemáx, PFE e volume corrente, nessa população.<br>OBJECTIVES: 1) To demonstrate the impaired ventilatory capacity during the post operatory period, in patients submitted to coronary arterial bypass graft surgery (CABG). 2) To test the hypothesis that the respiratory muscle training (RMT), performed after the surgery, may increase the ventilatory capacity in this population. METHODS: Thirty-eight patients (age: 65±7 years, 29 male), whose underwent CABG with extra-corporeal circulation. Patients were randomized in two groups: 23 patients in the RMT group and 15 in the control group (CO). RMT group received conventional physiotherapy plus RMT. The CO group received the conventional physiotherapy. Evaluated parameters: maximum inspiratory and expiratory pressures (MIP) (MEP), dyspnea (Borg), peak expiratory flow (PEF), pain, tidal volume and hospitalization days. Measures were performed at pre, first post operatory day and also at the patients discharge from the hospital). RESULTS: MIP and MEP in the RMT group were higher when compared with CO at the patients discharge (MIP: 90±26 vs. 55±38 cmH2O, P=0.01) (MEP: 99±30 vs. 53±26 cmH2O, P=0.02). The PEF was higher after hospitalization in the RMT group (237±93 vs. 157±102 lpm, P=0.02). Tidal volume was also higher in the RMT group at discharge (0.71±0.21 vs. 0.44±0.12 liters, P=0,00). No differences were observed among the groups in the aspects: admission days, dyspnea and pain. CONCLUSIONS: Patients submitted to CABG presents an impaired respiratory muscle strength in their post operatory. RMT performed in this phase was effective to restore the ventilatory capacity in the following parameters: MIP, MEP, PEF and tidal volume, in this group of patients. |
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