A defesa da interrupção voluntaria da gravidez nos cartuns "Abortinho" de Fabiane Langona (2015-2017)
O artigo versa sobre como a defesa da interrupção voluntária da gravidez se tornou um tema abraçado por cartunistas e quadrinistas contemporâneas que se mostram sintonizadas com as demandas feministas, centrando o enfoque na série “Dicas do Abortinho”, criada pela cartunista Fabiane Langona. Na pri...
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Universidade do Estado de Santa Catarina
2020-12-01
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Series: | Tempo e Argumento |
Online Access: | https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/16851 |
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doaj-0c9be2cee29d4d4586058d271c13b7372021-02-25T20:23:00ZengUniversidade do Estado de Santa CatarinaTempo e Argumento2175-18032020-12-01123110.5965/2175180312312020e0101A defesa da interrupção voluntaria da gravidez nos cartuns "Abortinho" de Fabiane Langona (2015-2017)Maria da Conceição Francisca Pires0Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO O artigo versa sobre como a defesa da interrupção voluntária da gravidez se tornou um tema abraçado por cartunistas e quadrinistas contemporâneas que se mostram sintonizadas com as demandas feministas, centrando o enfoque na série “Dicas do Abortinho”, criada pela cartunista Fabiane Langona. Na primeira parte do texto, apresento de forma breve três trabalhos pontuais que, com abordagens distintas, discutem tabus, mitos e os riscos inerentes à prática do aborto clandestino: a narrativa autobiográfica em forma de HQ desenhada pela cartunista Cynthia B, publicada na revista Piauí, em 2014; o romance gráfico produzido em 2015, pela artista Leah Hayes; e a reportagem gráfica, escrita em 2016 pela jornalista Joyce Gomes e pela quadrinista Helô D’Angelo, autora dos desenhos. Na segunda parte, analiso especificamente o personagem “Abortinho”, colocando em relevo as estratégias visuais e discursivas empregadas pela cartunista para tratar desse tema como um problema social e político, ainda que tenha gerado uma significativa hostilidade entre leitores e leitoras. Entendo que a reação à série “Abortinho” se deu menos pelo impacto visual que a série produz sobre seus leitores, do que pela densidade que o tema “aborto” carrega, afinal a defesa dos direitos ao corpo e à liberação do aborto consistem nos maiores desafios enfrentados pelos feminismos contemporâneos. Palavras-chave: Aborto. Quadrinhos. Fabiane Langona. Feminismo. https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/16851 |
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O artigo versa sobre como a defesa da interrupção voluntária da gravidez se tornou um tema abraçado por cartunistas e quadrinistas contemporâneas que se mostram sintonizadas com as demandas feministas, centrando o enfoque na série “Dicas do Abortinho”, criada pela cartunista Fabiane Langona. Na primeira parte do texto, apresento de forma breve três trabalhos pontuais que, com abordagens distintas, discutem tabus, mitos e os riscos inerentes à prática do aborto clandestino: a narrativa autobiográfica em forma de HQ desenhada pela cartunista Cynthia B, publicada na revista Piauí, em 2014; o romance gráfico produzido em 2015, pela artista Leah Hayes; e a reportagem gráfica, escrita em 2016 pela jornalista Joyce Gomes e pela quadrinista Helô D’Angelo, autora dos desenhos. Na segunda parte, analiso especificamente o personagem “Abortinho”, colocando em relevo as estratégias visuais e discursivas empregadas pela cartunista para tratar desse tema como um problema social e político, ainda que tenha gerado uma significativa hostilidade entre leitores e leitoras. Entendo que a reação à série “Abortinho” se deu menos pelo impacto visual que a série produz sobre seus leitores, do que pela densidade que o tema “aborto” carrega, afinal a defesa dos direitos ao corpo e à liberação do aborto consistem nos maiores desafios enfrentados pelos feminismos contemporâneos.
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