Summary: | No curso da demência, transtornos não-cognitivos comportamentais são altamente prevalentes. Esses sintomas psicológicos e comportamentais da demência (SPCD) são mais importantes no dia-a-dia do que os déficits cognitivos, tanto para o paciente quanto para o cuidador, em termos de angústia e incapacitação causadas. Os SPCD freqüentemente levam à institucionalização. O raciocínio para o uso de drogas psicotrópicas está parcialmente baseado nas semelhanças fenomenológicas entre alguns comportamentos observados em pacientes idosos dementados e sinais e sintomas de transtornos psiquiátricos, como os transtornos depressivos, psicóticos ou ansiosos, em pacientes não-dementados. Na realidade, os SPCD são, com freqüência, qualitativamente diferentes daqueles que caracterizam os transtornos psicóticos, depressivos ou ansiosos. Os estudos de seguimento de tratamento sugerem que as drogas antipsicóticas são menos eficazes em pacientes com doença de Alzheimer ou demência de lobo frontal do que em pacientes com transtornos psiquiátricos. Abordagens não-farmacológicas são a primeira escolha no tratamento dos SPCD. Os inibidores da colinesterase no tratamento dos SPCD na doença de Alzheimer e na demência cortical difusa por corpos de Lewi representam uma abordagem terapêutica promissora.
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