O que não tem remédio, remediado está!

Encontrar atalhos, por meio de soluções psicoterapêuticas, acompanha a invenção do dispositivo analítico. A proliferação dos psicofármacos, modalidade atual de apaziguamento da angústia, é isomorfa dos sintomas contemporâneos. Sem tempo para imaginar, devanear, fantasiar, quase toda satisfação toma...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tânia Coelho dos Santos
Format: Article
Language:English
Published: Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental
Series:Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142004000100063&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Encontrar atalhos, por meio de soluções psicoterapêuticas, acompanha a invenção do dispositivo analítico. A proliferação dos psicofármacos, modalidade atual de apaziguamento da angústia, é isomorfa dos sintomas contemporâneos. Sem tempo para imaginar, devanear, fantasiar, quase toda satisfação toma a via da compulsão. As soluções não-analíticas satisfazem a exigência pulsional. É preciso reinventar o poder da transferência de proporcionar uma satisfação substituta ao sintoma. Alguns psicanalistas tentaram fazê-lo graças à contratransferência. Lacan, ao contrário, deduziu dela a presença real do desejo do analista.
ISSN:1984-0381