Summary: | Resumo O artigo busca a construção de um quadro teórico de análises acerca da situação dos negros no espaço acadêmico brasileiro, questionando o sentido de produção do processo identitário desses sujeitos, tendo em vista sua configuração em meio a uma comunidade hegemônica de valores etnocêntricos. Tendo a Teoria da Identidade como pressuposto fundamental, defendemos a tese da impossibilidade da discussão da carência de negros no sistema docente brasileiro quando unicamente guiada pelos pressupostos do mérito e qualificação pessoais, tendo em vista as evidências dos efeitos da transmissão intergeracional da pobreza aliados à discriminação racial e de uma lógica guiada pela sustentação dos privilégios a determinados grupos hegemônicos. Finalmente, corroboramos a necessidade da realização - de fato, e não só de direito - da proposta de ações afirmativas implementada pela Lei 12.990, levando-se em consideração a carência de concursos realizados nessa perspectiva.
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