Indicadores relacionados ao retardo no diagnóstico e na instituição das precauções para aerossóis entre pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera em um hospital terciário Indicators related to delays in diagnosis and in implementation of measures to control airborne infection among patients with pulmonary tuberculosis in a tertiary-care hospital
INTRODUÇÃO: Há risco de transmissão de tuberculose em instituições de cuidados à saúde. OBJETIVO: Avaliar indicadores relacionados ao risco de transmissão entre pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera atendidos em um hospital universitário. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, de 01/1997...
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
2005-06-01
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Series: | Jornal Brasileiro de Pneumologia |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132005000300008 |
Summary: | INTRODUÇÃO: Há risco de transmissão de tuberculose em instituições de cuidados à saúde. OBJETIVO: Avaliar indicadores relacionados ao risco de transmissão entre pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera atendidos em um hospital universitário. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, de 01/1997 a 09/1999. Foram estudados os pacientes internados com tuberculose pulmonar bacilífera no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Foram avaliados três intervalos: entre admissão e coleta da pesquisa de BAAR no escarro; entre admissão e instituição das precauções para aerossóis; entre coleta do escarro e início do tratamento. RESULTADOS: Foram incluídos 63 casos. Associação ao vírus da imunodeficiência humana ocorreu em 31,7%. Quarenta pacientes foram admitidos pelo pronto-socorro (63,5%). Suspeita de tuberculose esteve presente na admissão em 42 pacientes (66,7%). O intervalo entre admissão e coleta de escarro excedeu 12 horas em 27,5% dos casos admitidos pelo pronto-socorro e em 30,4% dos internados nas enfermarias (p = 0,803). Retardo no isolamento respiratório ocorreu em 31 casos (49,2%). Os fatores associados ao retardo de isolamento foram ausência de tuberculose no diagnóstico de admissão (p < 0,000) e carga bacilar mais baixa no escarro (p = 0,032). Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (p = 0,530), enfermaria de hospitalização (p = 0,284) e presença de co-morbidades (p = 0,541) não foram associados ao retardo de isolamento. O intervalo entre coleta e início de tratamento foi superior a 24 horas em 15,9% dos casos. CONCLUSÃO: Observou-se retardo de isolamento em muitos casos. São necessárias políticas de educação continuada, sobretudo nas áreas de maior risco.<br>BACKGROUND: The risk for nosocomial transmission of tuberculosis exists in health care institutions. OBJECTIVE: To evaluate indicators of transmission risk among patients with pulmonary tuberculosis treated at a university hospital. METHOD: A retrospective study covering the January 1997 to September of 1999 period and evaluating patients admitted to the Hospital de Clínicas of the Universidade Estadual de Campinas with pulmonary tuberculosis. Three intervals were determined: from admission to collection of sputum for acid-fast bacilli microscopy; from admission to implementation of airborne infection control measures; from sputum collection to the initiation of treatment. RESULTS: The final sample included 63 cases. Concomitant human immunodeficiency virus-positivity was found in 31.7%. Forty patients (63.5%) were admitted through the emergency room. In 42 (66.7%) patients, TB was suspected at admission. The interval between admission and sputum collection exceeded 12 hours in 27.5% of cases admitted through the emergency room and in 30.4% of those admitted directly to wards (p = 0.803). Delayed respiratory isolation occurred in 31 cases (49.2%). The delay in isolation was correlated to no diagnosis of tuberculosis at admission (p < 0.000) and lower bacillary load in the sputum (p = 0.032). Co-infection with human immunodeficiency virus (p = 0.530), hospitalization ward (p = 0.284) and underlying diseases (p = 0.541) were not correlated with delayed isolation. The interval between sputum collection and initiation of treatment was greater than 24 hours in 15.9% of the cases. CONCLUSION: Delayed isolation was observed in many cases. Policies of continuing education are called for, especially in high-risk areas. |
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ISSN: | 1806-3713 1806-3756 |