O jogo do morto no corpo: introjeção e mortificação
Os problemas em torno do alcoolismo questionam as ordenações de etiologia, diagnóstico e tratamento deste grave sintoma clínico. O álcool, para além de seu entorno histórico, mítico e prosaico, vem estabelecendo um conjunto de fenômenos evolutivos de estado mórbido oferecendo ao sujeito condições de...
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Universidade de Fortaleza
2016-05-01
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doaj-0bb85e470f754b3ebc2657ffcacf10f32020-11-25T02:56:41ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772016-05-011039519683815O jogo do morto no corpo: introjeção e mortificaçãoJosé Waldemar Thiesen Turna0Manoel Tosta Berlinck1Centro de Estudos Psicanalíticos – CEP, São Paulo, Brasil.Pontifícia Universidade Católica de São PauloOs problemas em torno do alcoolismo questionam as ordenações de etiologia, diagnóstico e tratamento deste grave sintoma clínico. O álcool, para além de seu entorno histórico, mítico e prosaico, vem estabelecendo um conjunto de fenômenos evolutivos de estado mórbido oferecendo ao sujeito condições de sustentação imaginária de suas relações objetais circunscritas ao dever fálico ao mesmo tempo em que cobra seu preço com a instalação de uma cronificação corporal e psíquica ante esse estado. Percorremos um caminho que visa discutir as origens dessa relação interrogando as fundações e funções mais arcaicas dos objetos parentais, as vicissitudes decorrentes dessas relações e a impossibilidade do luto. Funções estas que, para além de seus encarnantes, ou seja, o paterno e o materno deverão constituir as bases de uma organização libidinal e suas dimensões de gozo, culpa e castigo. Estas vicissitudes se manifestam em estados de afetação através de um pathos que encontra nos distúrbios da oralidade alcoólica manifestações extremamente agressivas. Este trabalho revê e discute uma analogia entre duas conceitualizações fundamentais na constituição das relações de objeto a partir do discurso presente na clínica de alcoolistas internados em ambientes para tratamento de seu sintoma. O discurso do alcoolista, a princípio, não propõe o objeto álcool como objeto de troca. Em sua suposta dialética discursiva este mesmo objeto serve para uma anulação do sujeito. O ego se narra fora da condição de senhor neste processo e as palavras os conduzem a situações de disrupção e agressividade, imposição de um gozo que convoca estes sujeitos ao eterno retorno da recaída alcoólica. Os conceitos de Introjeção e Incorporação estabelecem uma conexão entre as primeiras relações de objeto e organização corporal e nos orientam sobre as condições de intervenções simbólicas que auxiliariam o sujeito alcoólico a constituir um sentido para seu sintoma e com isso conseguir controlar ou mesmo modificar o mesmo.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/4955alcoolismo. distúrbios da oralidade. incorporação. introjeção. psicopatologia fundamental |
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José Waldemar Thiesen Turna Manoel Tosta Berlinck |
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