Summary: | RESUMO Objetivo: Desvelar o cotidiano das relações assistenciais do ser-aí-mulher na gravidez de alto risco por doença cardíaca. Métodos: Pesquisa qualitativa fenomenológica. Dezessete participantes foram entrevistadas em instituição referência para risco materno e os significados expressos foram analisados à luz do pensamento de Martin Heidegger. Resultados: As mulheres significaram terem sido cobradas pelos médicos por engravidarem e; saberem que o cardiologista dá o parecer, mas o obstetra é quem vai decidir a via de parto. Conclusão: Evidenciaram-se relações assistenciais pautadas na ótica fisiopatológica de acompanhamento gestacional e invisibilidade da equipe de enfermagem junto à gestante. Se por um lado os resultados apontam a necessidade de transcender para uma relação existencial que considera a mulher como ser-aí dotada de possibilidades, por outro anuncia a importância do cuidado de enfermagem congruente às necessidades de gestantes portadoras de cardiopatia na perspectiva de se fazer percebido e anunciado pelo ser-cuidado.
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