Estamos realmente detectando violência familiar contra a criança em serviços de saúde? A experiência de um serviço público do Rio de Janeiro, Brasil

A violência familiar é considerada uma questão prioritária em saúde pública, sendo o problema ainda mais marcante na infância. Informações referentes à morbidade deste agravo podem estar subdimensionadas devido a entraves na detecção de casos. O objetivo deste estudo é contrastar a magnitude da viol...

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Bibliographic Details
Main Authors: Anna Tereza M. Soares de Moura, Michael E. Reichenheim
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000400014&lng=en&tlng=en
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description A violência familiar é considerada uma questão prioritária em saúde pública, sendo o problema ainda mais marcante na infância. Informações referentes à morbidade deste agravo podem estar subdimensionadas devido a entraves na detecção de casos. O objetivo deste estudo é contrastar a magnitude da violência contra a criança, aferida ativamente em um ambulatório, com a casuística espontânea do serviço. Foram realizadas 245 entrevistas entre abril e junho de 2001, utilizando-se as Conflict Tactics Scales: Parent-Child Version (CTSPC) e a Revised Conflict Tactics Scales (CTS2) para aferir os eventos violentos. Os casos encaminhados ao Serviço Social representaram a casuística do serviço no período da busca ativa (12 meses). Encontrou-se uma elevada prevalência de violência física entre o casal, com eventos graves ocorrendo em 17,0% das famílias. Em relação à criança, agressões físicas "menores" foram referidas em 46,0% de famílias, porquanto a forma grave, em 9,9%. A prevalência identificada espontaneamente foi de 3,3%. Este estudo de caso mostra as oportunidades perdidas de detecção e chama-se a atenção para a necessidade de rever a abordagem da violência familiar em serviços de saúde.
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