Summary: | RESUMO Nas últimas décadas, as reflexões em torno da temporalidade passaram a ocupar um lugar de destaque na agenda de pesquisas historiográficas. O objetivo deste artigo é, justamente, propor um exercício de leitura, expresso em uma breve análise comparativa, de duas propostas teóricas que têm encontrado ressonâncias nessa agenda: a de François Hartog, centrada nas categorias de "regimes de historicidade" e de "presentismo"; e a de Hans Ulrich Gumbrecht, centrada principalmente nas categorias de "cronótopo", "presente lento" e "latência". Ainda que essas categorias apareçam por vezes intercambiadas em alguns textos e debates, elas guardam diferenças importantes, tanto no que diz respeito aos seus pressupostos epistemológicos (ou ontológicos) e alcances heurísticos, como nas formas de encaminharem seus diagnósticos e prognósticos das experiências contemporâneas, incidindo em duas posturas disciplinares e éticas distintas.
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