‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1

Neste artigo compósito, proponho uma leitura não-antropocêntrica da história territorial brasileira. Na parte I, reconstruo teoricamente o conceito de território de modo a ‘subjetificar’ toda e qualquer coisa terrena, descentrando a agência histórica. Para isso, sugiro encarar o território como um c...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Diogo de Carvalho Cabral
Format: Article
Language:Spanish
Published: UniEVANGELICA 2014-03-01
Series:Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña
Online Access:https://www.halacsolcha.org/index.php/halac/article/view/139
id doaj-0a8a75ac11c64dba9d9a53f8a71afb15
record_format Article
spelling doaj-0a8a75ac11c64dba9d9a53f8a71afb152020-11-25T00:32:57ZspaUniEVANGELICAHistoria Ambiental Latinoamericana y Caribeña2237-27172014-03-0132‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1Diogo de Carvalho Cabral0Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaNeste artigo compósito, proponho uma leitura não-antropocêntrica da história territorial brasileira. Na parte I, reconstruo teoricamente o conceito de território de modo a ‘subjetificar’ toda e qualquer coisa terrena, descentrando a agência histórica. Para isso, sugiro encarar o território como um campo vital contínuo (i.e., sem ‘buracos’), diversificado e todo-abrangente de que os seres humanos participam, como condição necessária de sua existência terrena. A partir dessa perspectiva, estar no território significa ‘vibrar’ na mesma faixa de frequência vital dos outros seres e coisas naturais, influenciando suas atividades e sendo influenciado por elas. Desenvolvida essa teoria, passo a utilizá-la, na parte II, para a construção de uma breve narrativa acerca do encontro e das adaptações recíprocas entre florestas costeiras, ameríndios, colonos neoeuropeus e formigas cortadeiras, durante a colonização portuguesa. A título de conclusão, ressalto o contraste entre a atitude ‘dialogal’ e a atitude ‘colonial’ com que ameríndios e neoeuropeus, respectivamente, participavam dos encontros ecológicos, mais-do-que-humanos, que proponho chamar de territórios. (parte II, próximo número de HALAC)https://www.halacsolcha.org/index.php/halac/article/view/139
collection DOAJ
language Spanish
format Article
sources DOAJ
author Diogo de Carvalho Cabral
spellingShingle Diogo de Carvalho Cabral
‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1
Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña
author_facet Diogo de Carvalho Cabral
author_sort Diogo de Carvalho Cabral
title ‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1
title_short ‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1
title_full ‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1
title_fullStr ‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1
title_full_unstemmed ‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1
title_sort ‘o brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da américa portuguesa, parte 1
publisher UniEVANGELICA
series Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña
issn 2237-2717
publishDate 2014-03-01
description Neste artigo compósito, proponho uma leitura não-antropocêntrica da história territorial brasileira. Na parte I, reconstruo teoricamente o conceito de território de modo a ‘subjetificar’ toda e qualquer coisa terrena, descentrando a agência histórica. Para isso, sugiro encarar o território como um campo vital contínuo (i.e., sem ‘buracos’), diversificado e todo-abrangente de que os seres humanos participam, como condição necessária de sua existência terrena. A partir dessa perspectiva, estar no território significa ‘vibrar’ na mesma faixa de frequência vital dos outros seres e coisas naturais, influenciando suas atividades e sendo influenciado por elas. Desenvolvida essa teoria, passo a utilizá-la, na parte II, para a construção de uma breve narrativa acerca do encontro e das adaptações recíprocas entre florestas costeiras, ameríndios, colonos neoeuropeus e formigas cortadeiras, durante a colonização portuguesa. A título de conclusão, ressalto o contraste entre a atitude ‘dialogal’ e a atitude ‘colonial’ com que ameríndios e neoeuropeus, respectivamente, participavam dos encontros ecológicos, mais-do-que-humanos, que proponho chamar de territórios. (parte II, próximo número de HALAC)
url https://www.halacsolcha.org/index.php/halac/article/view/139
work_keys_str_mv AT diogodecarvalhocabral obrasileumgrandeformigueiroterritorioecologiaeahistoriaambientaldaamericaportuguesaparte1
_version_ 1725318076560310272