Metabolismo do cobre nas epilepsias
Partindo do fato de que o metabolismo do cobre está alterado nas epilepsias, o autor estudou sob que forma essa alteração se manifesta e, mediante o uso de curare em pacientes mentais submetidos ao eletrochoque, a influência da hiperatividade muscular própria da crise convulsiva sobre o metabolismo...
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Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
1966-12-01
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Series: | Arquivos de Neuro-Psiquiatria |
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doaj-0a6b52960fef4dcdbcf61b90bcd3ac092020-11-25T01:45:48ZengAcademia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)Arquivos de Neuro-Psiquiatria1678-42271966-12-0124422924610.1590/S0004-282X1966000400001S0004-282X1966000400001Metabolismo do cobre nas epilepsiasLuís Marques de Assis0Universidade de São PauloPartindo do fato de que o metabolismo do cobre está alterado nas epilepsias, o autor estudou sob que forma essa alteração se manifesta e, mediante o uso de curare em pacientes mentais submetidos ao eletrochoque, a influência da hiperatividade muscular própria da crise convulsiva sobre o metabolismo do cobre. Além disso, o autor estudou as correlações entre sexo e idade dos pacientes epilépticos, de um lado, e cupremia e cuprorraquia, do outro, e fez a correlação entre os níveis de cobre do soro e do LCR desses pacientes. Nos pacientes epilépticos (84) foram colhidas amostras de sangue (81 casos) e de LCR (66 casos) em período intercrítico para dosagem do cobre total. Nos pacientes mentais (32) foram colhidas amostras de sangue antes e imediatamente após crise convulsiva determinada pelo eletrochoque simples (22 casos) para dosagem de ceruloplasmina, e imediatamente após eletrochoque sob ação de curare (10 casos) para dosagem do cobre total. Os resultados foram submetidos a análise estatística, tendo o autor chegado às seguintes conclusões: 1) o nível de cobre do sangue e do LCR dos pacientes epilépticos não depende do sexo nem da idade; 2) o teor de cobre do LCR está correlacionado com o do sangue nos pacientes epilépticos; 3) a supressão, mediante o uso de substância curarizante, das manifestações musculares da crise produzida pelo eletrochoque acarreta queda não significativa do nível de cobre do sangue; 4) a queda do nível de cobre do sangue após convulsões determinadas pelo eletrochoque depende da hiperatividade muscular que caracteriza a crise convulsiva; 5) a queda do nível de cobre do sangue após convulsões determinadas pelo eletrochoque depende principalmente do cobre de reação direta; 6) a queda dos níveis de cobre do sangue após convulsões determinadas pelo eletrochoque é devida à pas* sagem desse elemento para os espaços intracelulares.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1966000400001&lng=en&tlng=en |
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Partindo do fato de que o metabolismo do cobre está alterado nas epilepsias, o autor estudou sob que forma essa alteração se manifesta e, mediante o uso de curare em pacientes mentais submetidos ao eletrochoque, a influência da hiperatividade muscular própria da crise convulsiva sobre o metabolismo do cobre. Além disso, o autor estudou as correlações entre sexo e idade dos pacientes epilépticos, de um lado, e cupremia e cuprorraquia, do outro, e fez a correlação entre os níveis de cobre do soro e do LCR desses pacientes. Nos pacientes epilépticos (84) foram colhidas amostras de sangue (81 casos) e de LCR (66 casos) em período intercrítico para dosagem do cobre total. Nos pacientes mentais (32) foram colhidas amostras de sangue antes e imediatamente após crise convulsiva determinada pelo eletrochoque simples (22 casos) para dosagem de ceruloplasmina, e imediatamente após eletrochoque sob ação de curare (10 casos) para dosagem do cobre total. Os resultados foram submetidos a análise estatística, tendo o autor chegado às seguintes conclusões: 1) o nível de cobre do sangue e do LCR dos pacientes epilépticos não depende do sexo nem da idade; 2) o teor de cobre do LCR está correlacionado com o do sangue nos pacientes epilépticos; 3) a supressão, mediante o uso de substância curarizante, das manifestações musculares da crise produzida pelo eletrochoque acarreta queda não significativa do nível de cobre do sangue; 4) a queda do nível de cobre do sangue após convulsões determinadas pelo eletrochoque depende da hiperatividade muscular que caracteriza a crise convulsiva; 5) a queda do nível de cobre do sangue após convulsões determinadas pelo eletrochoque depende principalmente do cobre de reação direta; 6) a queda dos níveis de cobre do sangue após convulsões determinadas pelo eletrochoque é devida à pas* sagem desse elemento para os espaços intracelulares. |
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