Summary: | O surgimento de um novo pensamento referente à relação do homem com a natureza induziu os Estados à construção de uma agenda diplomática comprometida com a preservação do patrimônio natural. Nessa circunstância se insere o Acordo-Quadro de Cooperação Brasil-França na fronteira Amapá-Guiana Francesa que prevê a possibilidade de uma gestão transfronteiriça no domínio do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Cumpre ressalvar que a garimpagem ilegal de ouro praticada por garimpeiros brasileiros na Guiana Francesa vem enfraquecendo essas relações cooperativas. O objetivo do texto é analisar os efeitos da circulação de garimpeiros na dinâmica social da cidade de Oiapoque, tendo em perspectiva os desafios colocados a esses trabalhadores pelas situações de repressão institucionalizada à garimpagem ilegal de ouro. O método etnográfico possibilitou a descrição e interpretação da realidade estudada. Os conhecimentos apresentados estão comprometidos em contribuir para o conjunto de trabalhos sobre a questão de garimpagem do ouro nas fronteiras da Amazônia e, desse modo, fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas destinadas a resolver os conflitos socioambientais decorrentes dessa atividade extrativista
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