TELEVISÃO E ESPETÁCULO: O TALK SHOW CASOS DE FAMÍLIA
Este artigo tem como objetivo discutir, a partir do referencial teórico e metodológico na Análise do Discurso pêcheutiana, como a visibilidade que o talk show Casos de Família dá aos seus convidados converte seus depoimentos em espetáculo, pelo qual a exposição se justifica por si mesma. Através da...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2016-01-01
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Series: | Revista de Letras |
Online Access: | http://www.periodicos.ufc.br/revletras/article/view/1454 |
Summary: | Este artigo tem como objetivo discutir, a partir do referencial teórico e metodológico na Análise do Discurso pêcheutiana, como a visibilidade que o talk show Casos de Família dá aos seus convidados converte seus depoimentos em espetáculo, pelo qual a exposição se justifica por si mesma. Através da análise do programa com tema “Gravidez na adolescência”, evidencia-se como os participantes produzem discursos identificados com formações discursivas dominantes, mas que em diversos momentos – quando a irrupção do real de suas experiências de vida surge como acontecimento em seus depoimentos – o discurso se desloca para formações discursivas outras, abrindo-se para a polifonia. No entanto, as reações da apresentadora e da plateia controlam a dispersão, indicando quais são os sentidos possíveis de serem produzidos naquele contexto, e que estão de acordo com uma ideologia dominante e de senso comum. O resultado é um fechamento dos sentidos, numa produção contínua do mesmo, da repetição.
Palavras-chave: Análise do discurso. Mídia. Espetáculo.
Abstract
This article aims to discuss, from the theoretical and methodological perspective of pecheutian Discourse Analysis, how the visibility that the talk show “Casos de Família” (“Family Cases”) provides its guests converts their statements into spectacles, by which the exposure is justified in itself. By means of analysis of the episode themed as “Teenage pregnancy”, it is evidenced how participants produce discourses that are identified with dominant discursive formations, but which at several occasions - when the eruption of the real experiences in their lives emerges as a happening in their statements - shift into other discursive formations, opening up to polyphony. However, the reactions of both the host and audience control the dispersion, indicating which meanings are allowed to be produced within that context, these being in accordance with a dominant and common-sense ideology. The result is a closure of meanings, in a continuous production of the same, a repetition.
Keywords: Discourse analysis. Media. Spectacle. |
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ISSN: | 0101-8051 2358-4793 |