Summary: | Este artigo pretende apresentar e problematizar as representações sobre História e Memória na série de jogos eletrônicos Assassin’s Creed entre 2007 e 2015. Esses games pretenderam reconstituir diferentes e múltiplos tempos históricos a partir da imersão de um personagem do presente nas experiências de um antepassado por meio da tecnologia. Os jogos eletrônicos, setor cada vez mais importante da indústria cultural, representam o passado por meio de mecanismos particulares: narrativa contada através de eventos, ambientes que permitem a exploração espacial e, sobretudo, as possibilidades de interatividade com esses elementos. Através da dimensão popular da circulação de mercadorias culturais audiovisuais, condicionam e impactam o imaginário de certos momentos históricos ao reinterpretá-los à luz de discussões contemporâneas e de seu próprio formato. No caso de Assassin’s Creed, essa releitura constitui uma visão supostamente multicultural do passado lido em uma conspiração dicotômica entre a luta entre dos Assassinos, defensores da liberdade, contra os Templários, que utilizam mecanismos sociais para a ordem, o controle e a tirania. Fundamentam estas perspectivas, interpretações próprias sobre a “verdade histórica”, a memória coletiva e o objetivo de criar um produto de entretenimento.
Palavras-chave: História. Memória. Videogame.
|