O PAPEL DO ESTADO NO AVANÇO DO SETOR SUCROENERGÉTICO NO BRASIL NO SÉCULO XXI: NOTAS PARA UM DEBATE
A primeira década do século XXI foi marcada pela expansão do setor sucroenergético no Brasil, vinculada a recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional de commodities, e principalmente a perspectiva da construção de um mercado global de agrocombustíveis, que nunca se concretizou nos pata...
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Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
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doaj-090ab167a8fc470e892616a00f39c04c2020-11-25T02:14:06ZspaUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoRevista Pegada Eletrônica1676-18711676-30252018-09-0119210.33026/peg.v19i2.55083624O PAPEL DO ESTADO NO AVANÇO DO SETOR SUCROENERGÉTICO NO BRASIL NO SÉCULO XXI: NOTAS PARA UM DEBATEMarcos Antonio de SouzaA primeira década do século XXI foi marcada pela expansão do setor sucroenergético no Brasil, vinculada a recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional de commodities, e principalmente a perspectiva da construção de um mercado global de agrocombustíveis, que nunca se concretizou nos patamares prognosticados. Esta conjuntura demandou que centenas de usinas fossem construídas, reestruturadas ou modernizadas. Investimentos bilionários foram destinados para a construção de novas unidades agroindustriais, passando pela melhoria genética das plantas e a dotação do espaço geográfico da infraestrutura necessária para viabilizar o processo produtivo à renovação dos canaviais. A possibilidade de extração da renda fundiária em patamares superiores aos demais ramos de atividades agropecuárias acelerou essa expansão a níveis inéditos, onde fusões, aquisições, reestruturação produtiva e a vinda de companhias estrangeiras caracterizaram esta fase expansiva do setor. Nesse contexto, este artigo busca analisar o papel desempenhado pelo Estado brasileiro durante esta fase expansiva da primeira década do século XXI, ratificando o caráter do Estado como sendo o comando político do capital, e que no caso do setor sucroenergético, tem sido historicamente o principal agente promotor desta atividade no âmbito da agropecuária capitalista.http://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/5508 |
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A primeira década do século XXI foi marcada pela expansão do setor sucroenergético no Brasil, vinculada a recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional de commodities, e principalmente a perspectiva da construção de um mercado global de agrocombustíveis, que nunca se concretizou nos patamares prognosticados. Esta conjuntura demandou que centenas de usinas fossem construídas, reestruturadas ou modernizadas. Investimentos bilionários foram destinados para a construção de novas unidades agroindustriais, passando pela melhoria genética das plantas e a dotação do espaço geográfico da infraestrutura necessária para viabilizar o processo produtivo à renovação dos canaviais. A possibilidade de extração da renda fundiária em patamares superiores aos demais ramos de atividades agropecuárias acelerou essa expansão a níveis inéditos, onde fusões, aquisições, reestruturação produtiva e a vinda de companhias estrangeiras caracterizaram esta fase expansiva do setor. Nesse contexto, este artigo busca analisar o papel desempenhado pelo Estado brasileiro durante esta fase expansiva da primeira década do século XXI, ratificando o caráter do Estado como sendo o comando político do capital, e que no caso do setor sucroenergético, tem sido historicamente o principal agente promotor desta atividade no âmbito da agropecuária capitalista. |
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