Bento Prado Jr. entre Bergson e Wittgenstein
Meu propósito neste texto é duplo: 1) pretendo mostrar que a leitura de Bergson e Wittgenstein feita por Bento Prado Jr. é motivada por uma mesma questão filosófica, a saber: qual é o destino da ilusão transcendental kantiana na filosofia contemporânea?; 2) retomando a comparação entre os dois auto...
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Sociedade Hegel Brasileira
2019-12-01
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Series: | Revista Opinião Filosófica |
Online Access: | http://revista.forsec.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/917 |
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doaj-08e37c9e64534c5ca00ac4e5e0025ce72020-11-25T03:46:29ZporSociedade Hegel BrasileiraRevista Opinião Filosófica2178-11762019-12-01102Bento Prado Jr. entre Bergson e WittgensteinAntonio Ianni Segatto Meu propósito neste texto é duplo: 1) pretendo mostrar que a leitura de Bergson e Wittgenstein feita por Bento Prado Jr. é motivada por uma mesma questão filosófica, a saber: qual é o destino da ilusão transcendental kantiana na filosofia contemporânea?; 2) retomando a comparação entre os dois autores sugerida por Bento, pretendo colocar duas perguntas: será que, sob a aparente proximidade entre Bergson e Wittgenstein no tratamento da questão mencionada, não se esconde uma divergência intransponível entre esses autores? Será que, seguindo o espírito da leitura e apropriação da filosofia wittgensteiniana por Bento, não seria necessário recusar o bergsonismo em nome da concepção terapêutica de filosofia de Wittgenstein? Pretendo mostrar que ambas as questões devem ser respondidas afirmativamente. Isso coloca um problema para a reflexão de Bento sobre a questão inicial, uma vez que faz com que a apropriação simultânea de Bergson e Wittgenstein pareça inconsistente. http://revista.forsec.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/917 |
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Meu propósito neste texto é duplo: 1) pretendo mostrar que a leitura de Bergson e Wittgenstein feita por Bento Prado Jr. é motivada por uma mesma questão filosófica, a saber: qual é o destino da ilusão transcendental kantiana na filosofia contemporânea?; 2) retomando a comparação entre os dois autores sugerida por Bento, pretendo colocar duas perguntas: será que, sob a aparente proximidade entre Bergson e Wittgenstein no tratamento da questão mencionada, não se esconde uma divergência intransponível entre esses autores? Será que, seguindo o espírito da leitura e apropriação da filosofia wittgensteiniana por Bento, não seria necessário recusar o bergsonismo em nome da concepção terapêutica de filosofia de Wittgenstein? Pretendo mostrar que ambas as questões devem ser respondidas afirmativamente. Isso coloca um problema para a reflexão de Bento sobre a questão inicial, uma vez que faz com que a apropriação simultânea de Bergson e Wittgenstein pareça inconsistente.
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