Hipertensão em segmentos sociais pauperizados da região do Vale do Paraíba São Paulo Hypertension in impoverished social segments in the state of São Paulo

O objetivo deste trabalho foi verificar as relações entre fatores socioeconômicos, ambientais e biológicos com a hipertensão, segundo gênero. A população estudada foi formada por adultos residentes em dois municípios do Vale do Paraíba (SP), uma das regiões mais pobres do estado de São Paulo. Foi co...

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Bibliographic Details
Main Authors: Ignez Salas Martins, Denize Cristina de Oliveira, Sheila Pita Marinho, Eutália Aparecida Cândico de Araújo
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 2008-04-01
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000200023
Description
Summary:O objetivo deste trabalho foi verificar as relações entre fatores socioeconômicos, ambientais e biológicos com a hipertensão, segundo gênero. A população estudada foi formada por adultos residentes em dois municípios do Vale do Paraíba (SP), uma das regiões mais pobres do estado de São Paulo. Foi composta por 274 (39,8%) homens e 415 (60,2 %) mulheres. O estudo foi realizado por meio de um modelo de regressão logística hierarquizada, aplicado separadamente para homens e mulheres. Foram estimados os odds ratios ajustados (ORaj), com intervalo de confiança de 95% e a = 0,05. Para os homens, os seguintes fatores de risco estiveram associados à hipertensão: viver na zona rural (ORaj=2,00; p=0,01); etilismo (ORaj= 1,90; p=0,03) e idade acima de 40 anos (ORaj=3,10; p<0,0001). Famílias numerosas, com mais de seis pessoas exerceram efeito protetor (ORaj=0,46; p=0,02). Para mulheres, os fatores de risco associados foram: ausência de escolaridade (ORaj= 2,37; p=0,0003); sedentarismo (ORaj=1,71; p=0,04); obesidade acompanhada de baixa estatura (ORaj= 4,66; p <0,0001) e idade acima de 40 anos ( ORaj=5,29; p=0,01). A obesidade isolada não se associou à hipertensão, nos níveis pressóricos iguais ou maiores do que os correspondentes ao estágio II do padrão de referência.<br>The objective of the current study was investigating the relation between socio-economic, environmental and biological factors and hypertension according to gender, taking into consideration peculiar forms of work, leisure and life-style. The target population consisted of 677 adults of impoverished social segments of two cities in the State of São Paulo, Brazil, 274 (39.8%) men and 415 (60.2%) women. The study was conducted by applying a hierarchical logistic regression model to men and women separately. The adjusted Odds Ratio (ORaj), with a confidence interval of 95% and a = 0.05, were calculated. The risk of hypertension in men increases as a result of: living in a rural area (ORaj= 2.00; p= 0.01), alcohol use (ORaj= 1.90; p=0.03) and being over 40 years of age (ORaj=2.35; p=0.003). On the other hand, large families, i.e. families with more than six members, exercise a protective effect (ORaj= 0.45; p=0.02). Risk factors associated with hypertension in women were: lack of schooling (ORaj= 2.37; p=0,003); sedentary lifestyle (ORaj=1.71; p=0.04); obesity associated with low stature (ORaj=3.23; p=0,001) and age over 40 years (ORaj=5.29; 0.0001). Obesity alone was not associated with hypertension (stage II or greater) in this population.
ISSN:1413-8123
1678-4561