O monumental e o íntimo: dimensões da memória da resistência no documentário brasileiro recente

Propõe-se um exercício acerca da memória da resistência à ditadura no documentarismo brasileiro contemporâneo. Monumentalização e intimidade são as noções guias das análises de Hércules 56 (Silvio Da-Rin, 2006) e Diário de uma busca (Flavia Castro, 2010). No caso do primeiro filme, sugere-se que os...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernando Seliprandy Fernandes
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Getúlio Vargas 2013-06-01
Series:Estudos Históricos
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862013000100004&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Propõe-se um exercício acerca da memória da resistência à ditadura no documentarismo brasileiro contemporâneo. Monumentalização e intimidade são as noções guias das análises de Hércules 56 (Silvio Da-Rin, 2006) e Diário de uma busca (Flavia Castro, 2010). No caso do primeiro filme, sugere-se que os cânones do documentário de entrevista, primando pela coesão, estabelecem uma memória monumental e conciliadora. Quanto ao segundo filme, sustenta-se que a perspectiva íntima, plena de hesitações, pode sinalizar a permanência de lacunas na conciliação democrática brasileira. O contraste entre memória celebrativa e memória introspectiva ressalta a necessidade de crítica da impunidade presente.
ISSN:2178-1494