Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos

Resumo A política regulatória no Brasil avançou como resultado da alternância político-ideológica entre as coalizões políticas que governaram o país ao longo das duas últimas décadas. Contudo, esse não foi o único elemento a delinear a política. Desde a reforma de Estado dos anos 1990, a regulação e...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Bruno Queiroz Cunha
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
Series:Cadernos EBAPE.BR
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512016000700473&lng=en&tlng=en
id doaj-08891773ec2f4bf4902234e386457a61
record_format Article
spelling doaj-08891773ec2f4bf4902234e386457a612020-11-24T23:07:12ZengFundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de EmpresasCadernos EBAPE.BR 1679-395114spe47348510.1590/1679-395117190S1679-39512016000700473Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atosBruno Queiroz CunhaResumo A política regulatória no Brasil avançou como resultado da alternância político-ideológica entre as coalizões políticas que governaram o país ao longo das duas últimas décadas. Contudo, esse não foi o único elemento a delinear a política. Desde a reforma de Estado dos anos 1990, a regulação está conceitualmente atrelada a uma lógica liberalizante da política econômica e é, do ponto de vista teórico, altamente dependente de correntes modernizadoras no campo da gestão pública internacional. A principal consequência disso são movimentos pouco estruturados e, em certo sentido, incoerentes em relação a essa política pública. Em diferentes momentos, assimilações de tendências globais modernizantes cederam lugar a antagonismos ideológicos ou períodos de significativa estagnação. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é explorar os principais estágios da história recente da política regulatória brasileira, por meio do exame detalhado dos aspectos mais relevantes por trás dessa política pública. São apresentados os três atos que demarcam fases distintas e os problemas específicos que alteraram o núcleo da política de gestão da regulação. A relação entre Estado, mercado e sociedade é fundamental para entender a constituição dessa política pública, assim como o grau de assimilação e resiliência de ferramentas regulatórias adotadas pelo país. Ao final, é possível notar que a política regulatória ainda é parcial e deficiente, em nível federal, embora tendências claras já sejam perceptíveis, particularmente a permeabilidade a elementos de ressocialização e descentralização.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512016000700473&lng=en&tlng=enPolítica regulatoriaRegulaciónReforma del EstadoAgencias reguladoras
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Bruno Queiroz Cunha
spellingShingle Bruno Queiroz Cunha
Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
Cadernos EBAPE.BR
Política regulatoria
Regulación
Reforma del Estado
Agencias reguladoras
author_facet Bruno Queiroz Cunha
author_sort Bruno Queiroz Cunha
title Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
title_short Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
title_full Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
title_fullStr Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
title_full_unstemmed Antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
title_sort antagonismo, modernismo e inércia: a política regulatória brasileira em três atos
publisher Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
series Cadernos EBAPE.BR
issn 1679-3951
description Resumo A política regulatória no Brasil avançou como resultado da alternância político-ideológica entre as coalizões políticas que governaram o país ao longo das duas últimas décadas. Contudo, esse não foi o único elemento a delinear a política. Desde a reforma de Estado dos anos 1990, a regulação está conceitualmente atrelada a uma lógica liberalizante da política econômica e é, do ponto de vista teórico, altamente dependente de correntes modernizadoras no campo da gestão pública internacional. A principal consequência disso são movimentos pouco estruturados e, em certo sentido, incoerentes em relação a essa política pública. Em diferentes momentos, assimilações de tendências globais modernizantes cederam lugar a antagonismos ideológicos ou períodos de significativa estagnação. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é explorar os principais estágios da história recente da política regulatória brasileira, por meio do exame detalhado dos aspectos mais relevantes por trás dessa política pública. São apresentados os três atos que demarcam fases distintas e os problemas específicos que alteraram o núcleo da política de gestão da regulação. A relação entre Estado, mercado e sociedade é fundamental para entender a constituição dessa política pública, assim como o grau de assimilação e resiliência de ferramentas regulatórias adotadas pelo país. Ao final, é possível notar que a política regulatória ainda é parcial e deficiente, em nível federal, embora tendências claras já sejam perceptíveis, particularmente a permeabilidade a elementos de ressocialização e descentralização.
topic Política regulatoria
Regulación
Reforma del Estado
Agencias reguladoras
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512016000700473&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT brunoqueirozcunha antagonismomodernismoeinerciaapoliticaregulatoriabrasileiraemtresatos
_version_ 1725619424298270720