LITERATURA COMO TECNOLOGIA DE GÊNERO: REPRESENTAÇÕES ALTERNATIVAS DE MULHER POR ESCRITORAS INGLESAS NO SÉCULO XIX
No início do século XIX, na Inglaterra, as mulheres estavam sob rígidas convenções de gênero. A educação feminina era voltada a preparar as jovens para atenderem a um ideal de mulher normalizado. Apesar das barreiras existentes devido aos padrões de gênero, escritoras publicaram romances focados em...
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Universidade Federal do Paraná
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doaj-087c17d19597443d86f719d4baf760442021-08-10T14:48:45ZengUniversidade Federal do ParanáRevista X1980-06141980-06142020-12-0115747049410.5380/rvx.v15i7.7500634047LITERATURA COMO TECNOLOGIA DE GÊNERO: REPRESENTAÇÕES ALTERNATIVAS DE MULHER POR ESCRITORAS INGLESAS NO SÉCULO XIXDaiane da Silva Lourenço0Universidade Tecnológica Federal do ParanáNo início do século XIX, na Inglaterra, as mulheres estavam sob rígidas convenções de gênero. A educação feminina era voltada a preparar as jovens para atenderem a um ideal de mulher normalizado. Apesar das barreiras existentes devido aos padrões de gênero, escritoras publicaram romances focados em experiências femininas.Este artigo discute como essas obras são tecnologias de gênero que contribuíram para (re)construir as identidades de leitoras. A partir da crítica feminista e dos estudos culturais, representações de mulheres em Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen, são analisadas. A análise revela que através de estratégias de escrita presentes no texto literário a educação feminina e o ideal de mulher são questionados. O comportamento “desviante” de Elizabeth Bennet é usado para desestabilizar a feminilidade hegemônica. Na época de publicação do romance, a personagem, como representação de sujeito, inseriu formas alternativas de ser mulher no imaginário social que podem ter influenciado a identidade de leitoras.https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/75006representaçãotecnologia de gêneroidentidadepersonagens femininas. |
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No início do século XIX, na Inglaterra, as mulheres estavam sob rígidas convenções de gênero. A educação feminina era voltada a preparar as jovens para atenderem a um ideal de mulher normalizado. Apesar das barreiras existentes devido aos padrões de gênero, escritoras publicaram romances focados em experiências femininas.Este artigo discute como essas obras são tecnologias de gênero que contribuíram para (re)construir as identidades de leitoras. A partir da crítica feminista e dos estudos culturais, representações de mulheres em Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen, são analisadas. A análise revela que através de estratégias de escrita presentes no texto literário a educação feminina e o ideal de mulher são questionados. O comportamento “desviante” de Elizabeth Bennet é usado para desestabilizar a feminilidade hegemônica. Na época de publicação do romance, a personagem, como representação de sujeito, inseriu formas alternativas de ser mulher no imaginário social que podem ter influenciado a identidade de leitoras. |
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