Summary: | Este trabalho é escrito com o objetivo de processo de reflexão sobre o lugar do psicólogo na gestão das políticas do SUS e a importância da experiência neste espaço na formação em Psicologia. O ponto de partida de nossa reflexão é o ingresso no segundo ano do estágio curricular em Psicologia da UNISC, sendo a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde o campo ao qual nos inserimos, mais especificamente o Núcleo de Ações em Saúde. Neste campo, acompanhamos as ações realizadas por duas psicólogas, que trabalham com a práxis do apoio institucional, o que nos levou a indagar as possíveis construções que este saber pode realizar neste importante espaço do SUS. A partir destas indagações, nos propusemos a problematizar a intersecção da psicologia com o SUS, sendo que para isso realizamos uma busca teórica acerca da regionalização em saúde, procurando compreender de que modo à gestão do SUS está organizada, bem como a compreensão da práxis do apoio institucional em si. A metodologia do apoio institucional é uma valiosa ferramenta no sentido de democratizar os processos de gestão, auxiliando no aumento da autonomia dos sujeitos, propiciando espaços onde seja possível planejar ações e intervenções coletivamente. Assim, há uma ruptura com as tradicionais formas de fazer gestão, buscando a criação e a construção de uma gestão coletiva, participativa e menos hierárquica, onde não há uma supremacia de saber, mas sim, uma complementariedade de ideias, práticas e conhecimentos. Pensar e praticar a (co)gestão em saúde no SUS é um posicionamento ético-político desse fazer e não somente uma forma de trabalho, cabendo a nós profissionais e futuros profissionais de psicologia, escolher ao que nos aliamos, e quais são os movimentos e intercessões que fazemos entre a Psicologia e o SUS, compactuado, assim como se espera dos gestores, compromissos coletivos.
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