Summary: | O município de Rio Grande (RS) foi considerado “área de segurança nacional” durante o regime civil-militar (1964-1985), o que, entre outras implicações, fazia com que o prefeito fosse nomeado e só ocorressem eleições diretas para a Câmara de Vereadores. No período de redemocratização (1983-1985), PMDB e PDT, os partidos de oposição à ditadura e ao chefe do executivo municipal, tinham maioria das cadeiras e realizavam o enfrentamento ao PDS, legenda do prefeito e de apoio ao golpe de 1964. A pesquisa tem como objetivo analisar os embates ocorridos na Câmara de Vereadores de Rio Grande entre essas forças políticas, no contexto do término da ditadura. Utiliza como fontes a análise das atas da Câmara Municipal, nas quais foram encontrados elementos que resgatam a história do período e demonstram que a oposição denunciava as condições nas quais se encontrava o município e o país, além de alimentar um sentimento de união entre os partidos que lutavam pelo retorno da democracia no Brasil, enquanto os vereadores governistas evitavam ingressar nesse debate.
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