Mortalidade hospitalar como indicador de qualidade: uma revisão Hospital mortality as an indicator of clinical performance: a review

Este artigo visa a discutir as principais questões metodológicas relacionadas à mortalidade hospitalar como indicador de qualidade. Variações nos valores deste indicador se devem a inúmeros fatores, associados ao doente e à doença, que devem ser examinados para que possamos utilizá-lo como medida de...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Claudia Travassos, José Carvalho de Noronha, Mônica Martins
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 1999-01-01
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81231999000200011
Description
Summary:Este artigo visa a discutir as principais questões metodológicas relacionadas à mortalidade hospitalar como indicador de qualidade. Variações nos valores deste indicador se devem a inúmeros fatores, associados ao doente e à doença, que devem ser examinados para que possamos utilizá-lo como medida de desempenho. Presença de comorbidades e a gravidade do caso estão associadas à chance de morrer . Aspectos metodológicos, relevantes para a construção deste indicador, incluem a qualidade das fontes de dados, o intervalo de tempo no qual elas são calculadas e os diferentes tipos de agregação. São discutidos diversos modelos, tanto para classificação da gravidade, quanto para o ajuste das taxas de mortalidade entre serviços. São examinados ainda modelos explicativos para a variação de mortalidade. Conclui-se que nas condições em que a morte não é um evento raro, o emprego de taxas de mortalidade hospitalar representa uma ferramenta útil para indicar serviços com eventuais problemas de qualidade.<br>This article discusses the principal methodological problems related to hospital mortality as an indicator of clinical performance. Hospital mortality rates variation are due to various factors associated with patients' characteristics and to the specific diseases they are suffering. Socio-demographic variables, presence of comorbidity and severity may define case-mixes were chances of dying are not associated to technology deployed or quality of care. Relevant methodological aspects for calculating the rates include the quality of the source of data, time period and aggregation criteria. Various models that exist both for classifying severity of cases and for risk adjustment are presented and discussed. Explanatory models for mortality rates variation are also examined. The authors conclude that outcome indicators can be used as tool for health care service evaluation. For those conditions which death is not a rare event hospital mortality rates may constitute an useful tool for indicating services with low than expected quality of care.
ISSN:1413-8123
1678-4561