Marcas do fascismo nas traduções e tensionamentos da Semiosfera do Tribunal do Júri

Este artigo visa entender como certas características fascistas, pensadas a nível micropolítico, permeiam as interações que ocorrem entre os diversos integrantes do Tribunal do Júri. Para isso, descreve-se interações semióticas que constituíram a Semiosfera do Tribunal do Júri em três sessões da Va...

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Bibliographic Details
Main Authors: Aline Duvoisin, Thaís Leobeth
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo, Letras e Ciências Humanas 2018-12-01
Series:Estudos Semióticos
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/esse/article/view/137736
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spelling doaj-0613946c305645d18a832ee694e787d62020-11-25T02:59:58ZengUniversidade de São Paulo, Letras e Ciências HumanasEstudos Semióticos1980-40162018-12-0114310.11606/issn.1980-4016.esse.2018.137736Marcas do fascismo nas traduções e tensionamentos da Semiosfera do Tribunal do JúriAline Duvoisin0Thaís Leobeth1Universidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Este artigo visa entender como certas características fascistas, pensadas a nível micropolítico, permeiam as interações que ocorrem entre os diversos integrantes do Tribunal do Júri. Para isso, descreve-se interações semióticas que constituíram a Semiosfera do Tribunal do Júri em três sessões da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Alegre, a fim de averiguar de que maneira essas características são traduzidas e tensionadas nas relações que se estabelecem entre o núcleo e a periferia dessa semiosfera. Metodologicamente partiu-se do critério de desterritorialização, com base em Gilles Deleuze e Félix Guattari, que resultou em uma pesquisa descritiva, conforme Cleber Cristiano Pradanov e Ernani Cesar de Freitas, cuja obtenção de dados se deu através do método observacional de Antonio Carlos Gil. A análise se baseia em conceitos da Semiótica da Cultura, principalmente através de Iúri Lotman e Irene Machado, no que diz respeito às codificações presentes em diversos âmbitos da cultura. Recorre-se também a reflexões de Umberto Eco, no que toca aos diferentes tipos de fascismo, e Roland Barthes, no que se refere aos aspectos políticos e fascistas da linguagem. Busca-se ainda – com Deleuze, Guattari e Michel Foucault – explorar as relações entre fascismo e poder. O enfoque do trabalho se direciona para uma leitura das traduções e dos tensionamentos ocorridos nos referidos julgamentos. Problematizam-se as dinâmicas estabelecidas entre os integrantes do Tribunal do Júri a partir da estruturalidade da linguagem, percebendo uma forte disputa de poder que se manifesta através das características fascistas que as permeiam. Nota-se que as ações micropolíticas contra o poder esbarram no alto grau de codificação e descrição da semiosfera, que estabelece uma fronteira praticamente intransponível entre núcleo e periferia. Isso revela que o nível micropolítico tende a reproduzir o que se estabelece macropoliticamente. http://www.revistas.usp.br/esse/article/view/137736Semiosfera do Tribunal do JúriEstruturalidadeLinguagemPoderFascismo
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