Summary: | Este artigo se insere na perspectiva das atuais discussões sobre os “sem religião”, uma categoria que tem despertado interesse de cientistas da religião, teólogos e estudiosos em geral – sobretudo para os que discutem as novas tendências das sociedades secularizadas, a relação entre religião e cultura e o individualismo. Esta é a primeira parte de um trabalho que se subdivide em três partes. Como alude o título, trata-se de uma leitura introdutória ao tema, com base nos dados do Censo de 2010 e em duas outras pesquisas por nós desenvolvidas entre 2015 e 2017. Sua metodologia de análise toma como pressuposto os dados obtidos pela pesquisa quantitativa, questionando-os, em seguida, à luz de uma interpretação mais profunda, que ultrapasse a mera leitura dos índices percentuais graças ao que foi obtido nas respostas qualitativas. Como resultados, questionamos a validade do conceito “sem religião” como tem sido comumente empregado, levantando pistas para a leitura do pluralismo religioso que lhe é subjacente. O artigo se completará com suas outras duas partes, que virão ao público oportunamente.
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