A antroponímia dos matriculados na sociedade protetora dos desvalidos durante a segunda década do século XX
O presente trabalho traz à baila a discussão sobre a antroponímia de uma parcela da população afrodescendente do Brasil. O texto tenta mostrar, relacionando a história da Bahia e do Brasil, o porquê de os nomes próprios africanos terem praticamente se extinguido no país, revelando possíveis fatores...
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Universidade Federal do Ceará
2013-05-01
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doaj-0401aa2f531f4a0cb4edf2d4376d65892020-11-24T21:17:05ZengUniversidade Federal do CearáEntrepalavras: Revista de Linguística do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Ceará0000-00002237-63212013-05-013119921710.22168/2237-6321.3.3.1.199-21790A antroponímia dos matriculados na sociedade protetora dos desvalidos durante a segunda década do século XXVictor Cavalcanti Mariano0Universidade Federal da BahiaO presente trabalho traz à baila a discussão sobre a antroponímia de uma parcela da população afrodescendente do Brasil. O texto tenta mostrar, relacionando a história da Bahia e do Brasil, o porquê de os nomes próprios africanos terem praticamente se extinguido no país, revelando possíveis fatores que levaram os negros a adotar nomes de origem europeia. Para tanto, faz-se uso do livro de matrícula da Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), uma irmandade negra de Salvador que existe desde 1832, quando ainda havia o regime escravocrata no Brasil. Analisam-se aqui os nomes presentes no livro a partir da segunda década do século XX. A partir da leitura de textos que tratam da antroponímia no Brasil e em Portugal, bem como de textos que traçam a história da escravidão brasileira e da SPD, além da análise dos nomes presentes no livro de matrícula, confirma-se a hipótese do uso de nomes de origem europeia pelos negros brasileiros e procura-se criar hipóteses para a explicação de tal fato.http://www.entrepalavras.ufc.br/revista/index.php/Revista/article/view/161AntroponímiaAfrodescendentesSociedade Protetora dos Desvalidos. |
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O presente trabalho traz à baila a discussão sobre a antroponímia de uma parcela da população afrodescendente do Brasil. O texto tenta mostrar, relacionando a história da Bahia e do Brasil, o porquê de os nomes próprios africanos terem praticamente se extinguido no país, revelando possíveis fatores que levaram os negros a adotar nomes de origem europeia. Para tanto, faz-se uso do livro de matrícula da Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), uma irmandade negra de Salvador que existe desde 1832, quando ainda havia o regime escravocrata no Brasil. Analisam-se aqui os nomes presentes no livro a partir da segunda década do século XX. A partir da leitura de textos que tratam da antroponímia no Brasil e em Portugal, bem como de textos que traçam a história da escravidão brasileira e da SPD, além da análise dos nomes presentes no livro de matrícula, confirma-se a hipótese do uso de nomes de origem europeia pelos negros brasileiros e procura-se criar hipóteses para a explicação de tal fato. |
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