O ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL EM FOCO: UMA LEITURA DE “MINHAS FÉRIAS, PULA UMA LINHA, PARÁGRAFO”, DE CHRISTIANE GRIBEL

<p>O ensino de produção textual tem sido amplamente estudado por diversos autores interessados em compreender as concepções teóricas que norteiam as práticas pedagógicas dos docentes de língua materna nas aulas de produção. Desse modo, práticas que concebem a produção de texto como um <em&g...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Francisco Vieira Silva, Patrícia Gomes Sales
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Regional do Cariri 2014-02-01
Series:Macabéa
Online Access:http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MacREN/article/view/599
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publisher Universidade Regional do Cariri
series Macabéa
issn 2316-1663
publishDate 2014-02-01
description <p>O ensino de produção textual tem sido amplamente estudado por diversos autores interessados em compreender as concepções teóricas que norteiam as práticas pedagógicas dos docentes de língua materna nas aulas de produção. Desse modo, práticas que concebem a produção de texto como um <em>produto</em> (e não como um <em>processo</em> que requer diferentes etapas) são desveladas a partir das pesquisas realizadas por diferentes autores em todo o país. O trabalho que ora apresentamos inscreve-se no rol dessas pesquisas, a partir do momento em que lança um olhar no sentido de compreender a perspectiva dita <em>tradicional</em> de produção de texto que, muitas vezes, prevalece na maior parte nas aulas de produção, bem como entender os efeitos que provêm dessa prática. Para tanto, interessa-nos discutir a concepção de produção de texto subjacente à obra literária “<em>Minhas férias, pula uma linha, parágrafo</em>” de Christiane Gribel. Nessa obra, a autora registra os dilemas de um garoto que retorna às aulas e precisa escrever a famosa redação, cujo título já se cristalizou como uma espécie de clichê: <em>minhas férias</em>. A obra traz à tona um debate acerca da percepção sobre a produção textual como uma atividade que não cumpre uma função sociocomunicativa, esvaziada de sentido, de modo que os textos produzidos pelos discentes não possuem leitores reais. Dessa maneira, procuraremos travar um diálogo entre a prática de produção que emerge da obra analisada e as concepções teóricas de autores como Bakhtin (2011) enfocando a noção de gênero discursivo, Marcuschi (2010), Bunzen (2006), Antunes (2003; 2006; 2009), Geraldi (2001), os PCN (2001), dentre outros. A partir da análise da obra, convém propor um direcionamento para a produção textual que leve em consideração a natureza sócio-histórica, discursiva e dialógica da linguagem, abarcando, pois, o estudo e a produção dos diferentes gêneros textuais existentes nas mais variadas esferas de circulação.</p> <p><strong>PALAVRAS-CHAVE: </strong>produção textual; ensino; gêneros.</p><p> </p><p>Abstract</p><p> </p><p>The teaching of writing has been widely studied by several authors interested in understanding the theoretical concepts that guide the pedagogical practices of teachers of mother tongue in class production.Thus, practices that conceive the production of text as a product (and not as a process that requires different steps) are unveiled from the research carried out by different authors around the country. The work presented here in is part of the role of these surveys, from the moment that looks at in order to understand the perspective of traditional dictates production of text that often prevails in most classes of production as well as understand the Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli | V. 2, N. 2, jul.-dez. 2013, p. 03-13. effects that come from this practice. To this end, we are interested in discussing the design of production underlying the literary text my vacation, skip a line, paragraph, Christiane Gribel. In this work, the author records the dilemmas of a boy who returns to school and have to write the famous essay, whose title already crystallized as a kind of cliché: my vacation. The work brings up a debate about the perception of textual production as an activity that does not meet one sociocomunicativ function, emptied of meaning, so that the texts produced by the students have no real readers. Thus , we seek to establish a dialogue between the production practice that emerges from the work and analyzed the theoretical conceptions of authors such as Bakhtin (2011), Marcuschi (2010), Bunzen (2006), Antunes (2003, 2006, 2009), Geraldi (2001), among others. From the analysis of the work, should propose a direction for the textual production that takes into account the socio-historical, discursive and dialogic nature of language, covering therefore the study and production of different textual genres existing in various spheres of circulation</p><p><strong>KEYWORDS: </strong>Text production. Teaching. Genres</p><p> </p><p><span><strong>DOI:</strong><span> https://doi.org/</span>10.47295/mren.v2i2.599</span></p><p><span><br /></span></p>
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