Três poemas de procura
Os três poemas aqui apresentados elaboram, cada um à sua maneira, a ideia da literatura como encontro. Em "A bússola", reflete-se sobre a possibilidade de que o ato poético ou a escrita sejam capazes de promover o encontro com o leitor a partir da criação de um símbolo. O poema, em busca...
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Universidade de São Paulo
2020-12-01
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Series: | Revista Criação & Crítica |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/172548 |
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doaj-02f289ad8a9e47faa552ceee342b1bda2021-02-02T16:07:44ZspaUniversidade de São PauloRevista Criação & Crítica1984-11242020-12-0128Três poemas de procuraJoão Mostazo0Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Os três poemas aqui apresentados elaboram, cada um à sua maneira, a ideia da literatura como encontro. Em "A bússola", reflete-se sobre a possibilidade de que o ato poético ou a escrita sejam capazes de promover o encontro com o leitor a partir da criação de um símbolo. O poema, em busca desse símbolo, procede a partir de um movimento de construção/desconstrução da imagem de uma bússola, inserindo-se em uma tradição de poemas que poderíamos chamar de "poemas de procura". Em "O mesopotâmio", a procura pelo encontro se dá não no espaço, mas no tempo. Em "Se soubéssemos diríamos melhor", pergunta-se sobre a pertinência final do gesto da escrita em vista da realidade vivida, povoada pela diversa e estranha criatura a quem chamamos "gente". Diante da inexorável finitude da experiência, haveria mais verdade no que se escreve e perdura, ou no que se diz e fenece? Formalmente, os três poemas lançam mão das ferramentas conquistadas pelo verso livre e/ou polimétrico do poema modernista brasileiro, buscando aplicá-las ao léxico e à sintaxe coloquial contemporânea. https://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/172548 |
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Os três poemas aqui apresentados elaboram, cada um à sua maneira, a ideia da literatura como encontro. Em "A bússola", reflete-se sobre a possibilidade de que o ato poético ou a escrita sejam capazes de promover o encontro com o leitor a partir da criação de um símbolo. O poema, em busca desse símbolo, procede a partir de um movimento de construção/desconstrução da imagem de uma bússola, inserindo-se em uma tradição de poemas que poderíamos chamar de "poemas de procura". Em "O mesopotâmio", a procura pelo encontro se dá não no espaço, mas no tempo. Em "Se soubéssemos diríamos melhor", pergunta-se sobre a pertinência final do gesto da escrita em vista da realidade vivida, povoada pela diversa e estranha criatura a quem chamamos "gente". Diante da inexorável finitude da experiência, haveria mais verdade no que se escreve e perdura, ou no que se diz e fenece? Formalmente, os três poemas lançam mão das ferramentas conquistadas pelo verso livre e/ou polimétrico do poema modernista brasileiro, buscando aplicá-las ao léxico e à sintaxe coloquial contemporânea.
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