Summary: | O presente artigo se propõe discutir a revelação na dimensão do humano. Nesse sentido, parte do pressuposto de que tanto no protestantismo histórico quanto no pentecostalismo tal dimensão, e as contingências que daí derivam, não foram devidamente consideradas, na medida em que ambas as tradições recorrem a uma suposta “garantia da pureza” da revelação. No protestantismo, tal garantia fora buscada nas Escrituras, na medida em que ao evocar a autoridade das Escrituras, os reformadores acreditavam poder garantir a integridade da revelação, dentro de um suposto “ambiente higienizado”; no pentecostalismo, essa suposta segurança fora afiançada pelo Espírito, afinal, alimenta-se da forte expectativa de um encontro pessoal com Deus, que em sua imediaticidade supostamente garantiria a pureza da revelação. Assumindo as limitações e subjetividade humanas inerentes ao processo de recepção da revelação, propõe-se, portanto, uma revelação que se dê nos limites da história; uma revelação que se dê nos limites da linguagem; e uma revelação que se dê nos limites da vulnerabilidade humana.
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