Canal Arterial no Recém-Nascido com Peso Inferior a 1500g
Introdução: Sendo o Canal Arterial a anomalia cardiovascular mais frequente no período neonatal, sobretudo em recém-nascidos pré-termo, os autores conduziram um estudo sobre esse tema numa unidade de cuidados intensivos neonatais. Objectivos: Avaliar as consequências para o recém-nascido de muito...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2014-09-01
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doaj-01e68e0add1645db9d268d540d1b13212020-11-25T04:04:46ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-09-0131210.25754/pjp.2000.5340Canal Arterial no Recém-Nascido com Peso Inferior a 1500gGraça GonçalvesMaria Ana NunesAntónia MarquesAntónio MacedoAgostinho BorgesDaniel VirellaAlbino PedroManuel Pedro MagalhãesMarta Nogueira Introdução: Sendo o Canal Arterial a anomalia cardiovascular mais frequente no período neonatal, sobretudo em recém-nascidos pré-termo, os autores conduziram um estudo sobre esse tema numa unidade de cuidados intensivos neonatais. Objectivos: Avaliar as consequências para o recém-nascido de muito baixo peso do diagnóstico precoce ou tardio da patência de canal arterial. Métodos: Estudo retrospectivo incidindo sobre 46 recém-nascidos de peso inferior a 1500g, internados na Unidade de Cuidados Intensivos a Recém-Nascidos da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, durante o período de Janeiro de 1994 a Junho de 1996, e que tiveram canal arterial sintomático isolado. Foram analisados o tempo total de ventilação, oxigenioterapia, uso prévio de surfactante, associação com displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular, retinopatia da prematuridade, enterocolite necrosante e número de ciclos de indometacina, de acordo com a data de diagnóstico da patência de canal arterial. Resultados: O diagnóstico de patência de canal arterial foi feito até ao 5.° dia em 25 recém-nascidos (grupo precoce) e após o 5.° dia em 21 (grupo tardio). Oitenta e quatro porcento dos recém-nascidos do grupo precoce e 62% do grupo tardio, fizeram surfactante. Foram ventiladas 44 crianças. A eficácia da indometacina foi de 95%. Em 2 houve necessidade de tratamento cirúrgico. A displasia broncopulmonar ocorreu em 40% no grupo precoce e em 25% no grupo tardio; a retinopatia da prematuridade em 60% versus 45%; a enterocolite necrosante em 16% versus 14% e a hemorragia intraventricular em 48% versus 35%. Conclusão: Apesar das aparentes diferenças encontradas não foi possível separar como duas entidades estatisticamente distintas a patência de canal arterial diagnosticada precoce ou tardiamente, quer em termos de factores causais, quer em termos de consequências. A administração de surfactante e a morbilidade estiveram relacionadas com uma menor idade gestacional e com a apresentação clínica mais precoce, mas só se encontrou uma associação estatisticamente significativa entre a utilização de surfactante e a idade de diagnóstico. https://pjp.spp.pt//article/view/5340Recém-nascidos de muito baixo pesocanal arterialdiagnóstico precoce e tardio. |
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Introdução: Sendo o Canal Arterial a anomalia cardiovascular mais frequente no período neonatal, sobretudo em recém-nascidos pré-termo, os autores conduziram um estudo sobre esse tema numa unidade de cuidados intensivos neonatais.
Objectivos: Avaliar as consequências para o recém-nascido de muito baixo peso do diagnóstico precoce ou tardio da patência de canal arterial.
Métodos: Estudo retrospectivo incidindo sobre 46 recém-nascidos de peso inferior a 1500g, internados na Unidade de Cuidados Intensivos a Recém-Nascidos da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, durante o período de Janeiro de 1994 a Junho de 1996, e que tiveram canal arterial sintomático isolado.
Foram analisados o tempo total de ventilação, oxigenioterapia, uso prévio de surfactante, associação com displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular, retinopatia da prematuridade, enterocolite necrosante e número de ciclos de indometacina, de acordo com a data de diagnóstico da patência de canal arterial.
Resultados: O diagnóstico de patência de canal arterial foi feito até ao 5.° dia em 25 recém-nascidos (grupo precoce) e após o 5.° dia em 21 (grupo tardio). Oitenta e quatro porcento dos recém-nascidos do grupo precoce e 62% do grupo tardio, fizeram surfactante. Foram ventiladas 44 crianças. A eficácia da indometacina foi de 95%. Em 2 houve necessidade de tratamento cirúrgico.
A displasia broncopulmonar ocorreu em 40% no grupo precoce e em 25% no grupo tardio; a retinopatia da prematuridade em 60% versus 45%; a enterocolite necrosante em 16% versus 14% e a hemorragia intraventricular em 48% versus 35%.
Conclusão: Apesar das aparentes diferenças encontradas não foi possível separar como duas entidades estatisticamente distintas a patência de canal arterial diagnosticada precoce ou tardiamente, quer em termos de factores causais, quer em termos de consequências.
A administração de surfactante e a morbilidade estiveram relacionadas com uma menor idade gestacional e com a apresentação clínica mais precoce, mas só se encontrou uma associação estatisticamente significativa entre a utilização de surfactante e a idade de diagnóstico.
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