Summary: | Por mais de cinco décadas o sentido celebrativo das edificações comemorativas do IV Centenário de São Paulo ficou subordinado a finalidades pouco condizentes à sua motivação inicial. Recentemente, contudo, o conjunto de edifícios vem assistindo a um processo estimulante de transformação. A saída do Gabinete do Prefeito do Pavilhão Manoel da Nóbrega e o esforço de administrações subsequentes permitiu desmobilizar a Companhia de Processamento de Dados do Pavilhão Armando Arruda Pereira, o DETRAN-SP do antigo Palacio da Agricultura e a desocupação da marquise, ainda que parcial, completaram as iniciativas visando retomar usos compatíveis com o propósito original de sua realização. Porém, se estas mudanças parecem sugerir algum otimismo, as adaptações promovidas nos edifícios têm entrado em choque com aspectos fundamentais de sua concepção. As exigências de atualização e as novas demandas de uso são inúmeras. Vão da adequação às normas de acessibilidade e de segurança aos recursos técnicos de funcionamento e de controle ambiental. Muitas delas têm sido apresentadas como imperativos incontornáveis aos quais as estruturas arquitetônicas devem se submeter. O artigo proposto tem o propósito de analisar três das principais intervenções recentes: a adaptação do antigo Palácio da Agricultura para sediar o Museu de Arte Contemporânea da USP, as adaptações às normas de segurança do Pavilhão Cicillo Matarazzo e o Pavilhão Armando de Arruda Pereira a ser transformado no Museu das Culturas Brasileiras.
|