Vacinação em pacientes da Coorte Brasília de artrite reumatoide inicial

Introdução: Os pacientes com diagnóstico de artrite reumatoide (AR) apresentam risco aumentado de infecções. A vacinação é uma medida preventiva recomendada. Não há estudos avaliando a prática da vacinação nos pacientes com AR inicial. Objetivos: Avaliar a frequência de vacinação e a orientação (f...

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Bibliographic Details
Main Authors: Luciana Feitosa Muniz, Carolina Rocha Silva, Thaís Ferreira Costa, Licia Maria Henrique da Mota
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Reumatologia 2014-10-01
Series:Revista Brasileira de Reumatologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042014000500349&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Introdução: Os pacientes com diagnóstico de artrite reumatoide (AR) apresentam risco aumentado de infecções. A vacinação é uma medida preventiva recomendada. Não há estudos avaliando a prática da vacinação nos pacientes com AR inicial. Objetivos: Avaliar a frequência de vacinação e a orientação (feita pelo médico) sobre vacinas entre os pacientes com diagnóstico de AR inicial. Métodos: Estudo transversal incluindo pacientes da coorte Brasília de AR inicial. Foram analisados dados demográficos, índice de atividade da doença (Disease Activity Score 28 - DAS28), incapacidade funcional (Health Assessment Questionnaire - HAQ), dados sobre tratamento e vacinação após o diagnóstico da AR. Resultados: Foram avaliados 68 pacientes, sendo 94,1% mulheres, com idade média de 50,7 ± 13,2 anos. O DAS28 foi de 3,65 ± 1,64, e o HAQ de 0,70. A maioria dos pacientes (63%) possuía cartão vacinal. Apenas cinco pacientes (7,3%) foram orientados pelo médico sobre uso das vacinas. Os pacientes foram vacinados para tríplice viral (8,8%), tétano (44%), febre amarela (44%), hepatite B (22%), gripe (42%), influenza H1N1 (61,76%), pneumonia (1,4%), meningite (1,4%) e varicela (1,4%). Todos os pacientes vacinados com vírus vivo atenuado estavam em uso de imunossupressores e receberam as vacinas de forma inadvertida, sem orientação médica. Não houve associação entre o uso de nenhuma vacina e atividade da doença, incapacidade funcional, anos de escolaridade, hábitos de vida, comorbidades. Conclusão: Os pacientes foram pouco orientados pelo médico com relação ao uso das vacinas, com elevada frequência de vacinação inadvertida com componente vivo atenuado, enquanto a imunização com vírus mortos ficou aquém do recomendado.
ISSN:1809-4570