Summary: | Introduction: In an era in which coronary heart disease is one of the leading causes of death worldwide, several studies report the persistence of obstacles to accessing revascularization, and percutaneous coronary intervention in particular, which may be associated with worse outcomes. Objectives: To compare cardiovascular outcomes in patients admitted to hospitals with and without on-site percutaneous coronary intervention (PCI) capabilities. Material and Methods: A retrospective study based on the National Registry of Acute Coronary Syndromes (ACS)—with data collection from 2010 to 2018. Division of the patients into two groups: with and without ST-elevation. Two subgroups were subsequently created according to the presence/absence of on-site PCI. A propensity score was performed to standardize the results. Patients without information about hospital admission (with/without PCI) were excluded. Results: 6008 patients were included after exclusion criteria and propensity score were applied. We found that patients admitted for ACS with ST-elevation (STE-ACS) had more episodes of sustained ventricular tachycardia (OR 2.14; CI (1.26−3.61); p=0.004) in hospitals without on-site PCI. Regarding ACS without ST elevation (NSTE-ACS), there were more cases of congestive heart failure (OR 0.79; CI (0.65−0.98)) in hospitals with on-site PCI. Conclusion: The incidence of a greater number of major adverse events in hospitalizations without on-site PCI, particularly in the case of STE-ACS, is a consequence of the delay before revascularization. National and local strategies must be established to reduce the negative impact of the absence of on-site PCI and the resulting time before revascularization. Resumo: Introdução: Numa era em que a doença coronária é uma das principais causas de morte a nível mundial, vários estudos referem a persistência de obstáculos no acesso à revascularização, sobretudo na facilidade de acesso à intervenção coronária percutânea, podendo tal estar associado a piores outcomes. Objectivos: Comparar os outcomes cardiovasculares dos doentes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) em hospitais com e sem intervenção on-site. Material e Métodos: Estudo retrospectivo baseado no Registo Nacional de Síndromes Coronários Agudos (SCA)—com colheita de dados de 2010 a 2018. Divisão dos SCA em 2 grupos: com e sem supradesnivelamento do segmento ST. Criados ainda 2 subgrupos, de acordo com a presença/ausência de ICP on-site, para cada uma destas entidades. Realizado score de propensão (SdP) para uniformização dos resultados. Excluídos doentes sem informação sobre a realização de ICP. Resultados: Admitidos 6008 doentes após aplicação de critérios de exclusão e SdP. Verificamos que os doentes admitidos por SCA com supraST apresentaram mais episódios de Taquicardia Ventricular mantida (OR 2,14; IC (1,26–3,61); p=0,004) em hospitais sem ICP on-site. Relativamente aos SCA sem supraST, verificou-se um predomínio de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (OR 0,79; IC (0,65–0,98); p=0,03) em hospitais com ICP on-site. Conclusão: A ocorrência de um maior número de eventos adversos major nos hospitais sem ICP on-site, em particular no caso do SCA com supraST, é consequência do atraso até revascularização. Estratégias nacionais e locais devem ser definidas para reduzir o impacto negativo da ausência de ICP on-site e consequente tempo até revascularização.
|