RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM NEISSERIA GONORRHOEAE – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Introdução: A resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae tem-se revelado um importante problema de saúde pública mundial, estando a levantar grandes dificuldades em termos de opções terapêuticas em alguns países. Objectivo: Rever o panorama (nacional e internacional) da resistência aos a...
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Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
2013-04-01
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Series: | Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia |
Online Access: | https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/102 |
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doaj-008f05dcb6b1479c912455b4dfce90c52020-11-25T03:23:06ZengSociedade Portuguesa de Dermatologia e VenereologiaRevista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia2182-23952182-24092013-04-0170410.29021/spdv.70.4.102RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM NEISSERIA GONORRHOEAE – PASSADO, PRESENTE E FUTUROErmelindo Tavares0Cândida Fernandes1Maria José Borrego2Ana Rodrigues3Jorge Cardoso4Interno do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident Dermatology and Venereology, Hospital Distrital de Santarém EPE, Santarém, PortugalAssistente Graduada de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant of Dermatology and Venereology, Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis/STDs Clinic, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, PortugalCoordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis/Coordinator of the National Laboratory of Sexual Transmitted Infections, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Lisboa, PortugalAssistente Graduada de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant of Dermatology and Venereology, Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis/STDs Clinic, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, PortugalDiretor do Serviço de Dermatologia e Venereologia/Director of the Dermatology and Venereology Department, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, Portugal Introdução: A resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae tem-se revelado um importante problema de saúde pública mundial, estando a levantar grandes dificuldades em termos de opções terapêuticas em alguns países. Objectivo: Rever o panorama (nacional e internacional) da resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae. Material e Métodos: Pesquisa de artigos em revistas nacionais e internacionais (estas últimas com in- dexação na Pubmed/Medline e redigidas em inglês). Utilizaram-se como palavras-chave: “Neisseria gonorrhoeae antibiotic resistance”. Resultados: As cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxone e cefixima), associadas ou não à azitromicina, substituíram as fluoroquinolonas como fármacos de primeira linha no tratamento da gonorreia. Os rela- tos de resistência às cefalosporinas são ainda relativamente escassos; contudo, o aumento da concentração inibitória mínima (CIM), traduzido pela diminuição da sensibilidade a esta classe de antibióticos, tem vindo a ser regularmente descrita. Por outro lado, a resistência à azitromicina foi relatada em vários países. Em Portugal, já foram reportados casos de Neisseria gonorrhoeae resistentes à azitromicina mas não às cefalosporinas. Porém, estirpes com diminuição da sensibilidade às cefalosporinas foram já detetadas. Conclusão: Novas alternativas terapêuticas são indispensáveis para o tratamento das infeções por Neisseria gonorrhoeae, bem como condutas adequadas por parte dos médicos e dos doentes e seus contactantes. PALAVRAS-CHAVE – Antibióticos; Resistência antibiótica; Neisseria gonorrhoeae; Guideline. https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/102 |
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Introdução: A resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae tem-se revelado um importante problema de saúde pública mundial, estando a levantar grandes dificuldades em termos de opções terapêuticas em alguns países. Objectivo: Rever o panorama (nacional e internacional) da resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae. Material e Métodos: Pesquisa de artigos em revistas nacionais e internacionais (estas últimas com in- dexação na Pubmed/Medline e redigidas em inglês). Utilizaram-se como palavras-chave: “Neisseria gonorrhoeae antibiotic resistance”. Resultados: As cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxone e cefixima), associadas ou não à azitromicina, substituíram as fluoroquinolonas como fármacos de primeira linha no tratamento da gonorreia. Os rela- tos de resistência às cefalosporinas são ainda relativamente escassos; contudo, o aumento da concentração inibitória mínima (CIM), traduzido pela diminuição da sensibilidade a esta classe de antibióticos, tem vindo a ser regularmente descrita. Por outro lado, a resistência à azitromicina foi relatada em vários países. Em Portugal, já foram reportados casos de Neisseria gonorrhoeae resistentes à azitromicina mas não às cefalosporinas. Porém, estirpes com diminuição da sensibilidade às cefalosporinas foram já detetadas. Conclusão: Novas alternativas terapêuticas são indispensáveis para o tratamento das infeções por Neisseria gonorrhoeae, bem como condutas adequadas por parte dos médicos e dos doentes e seus contactantes.
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